Cabeça Livre

Pseudopandemia: a tecnocracia do novo normal

Pseudopandemic: New Normal Technocracy” (que eu traduzi como “Pseudopandemia: a tecnocracia do novo normal”) é um livro que oferece uma dissecação completa da resposta global à pandemia de COVID-19: uma fraude política. Sua Introdução começa abaixo. Você pode acessar o índice do livro.


Introdução

Estamos vivendo uma transformação global. Nossa sociedade, cultura, economia e até mesmo nossa humanidade está passando por um processo de mudança a mando de nossos líderes. Este livro tenta explicar quem são esses líderes, ao que essa transição está nos levando e por que nossos líderes estão nos levando até lá.

A resposta política à crise da COVID-19 foi contestada por uma considerável minoria, mas apoiada pela esmagadora maioria. Entre aqueles que questionam o que nos dizem sobre a COVID-19 está um contingente que deseja exercer suas liberdades e direitos inalienáveis. Muitas vezes descritos como anti-lockdowns, anti-ciência, anti-vacinas, negacionistas ou teóricos da conspiração, em geral, eles não se opõem a nada além de ditadura e escravidão. Em vez disso, eles são pró-liberdade, pró-ciência (pró-ciência médica) e pró-verdade.

As pessoas que foram marginalizadas, censuradas, repreendidas por muitos, e fisicamente agredidas pelas autoridades1 são as pessoas que mais veementemente defendem as liberdades nas quais nossas sociedades democráticas supostamente se baseiam. As liberdades pelas quais gerações antes de nós lutaram e morreram para proteger. Embora o governo frequentemente nos exulte a honrar esse sacrifício, parece que atualmente não lhe é conveniente fazê-lo.

Aqueles que parecem apoiar incondicionalmente a resposta política à pandemia da COVID-19 afirmam que essas liberdades e direitos não importam quando enfrentamos uma emergência global. É difícil entender esse argumento.

De que forma as liberdades de expressão e de pensamento são perigosas? Perigosas para quem? Como elas inibem nossa capacidade de responder a uma genuína emergência?

Governos de todo o mundo estão certos de que abraçaremos a ideia dos direitos humanos. Eles dizem que tudo o que fazem se baseia nesses direitos e na sua determinação em nos manter seguros.

Direitos humanos são permissões escritas em pedaços de papel por outros seres humanos. Um sistema de direitos humanos globais é um sistema de permissões concedidas pelo governo que define o que somos ou não permitidos fazer.

Como os direitos humanos são apenas palavras escritas em pedaços de papel, eles podem ser mudados, reinterpretados e ignorados. Eles não são imutáveis, nem inalienáveis. É por isso que os governos estão tão ansiosos para que coloquemos nossa fé nos direitos humanos. Isso permite a eles nos dizer o que é permitido.

Governos são patologicamente alérgicos ao conceito de direitos inalienáveis (também conhecidos como direitos naturais). Eles são mencionados apenas uma vez no preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas2 e são totalmente omitidos da própria Declaração.

O artigo 2º afirma:

Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração […]

Em outras palavras, ninguém tem direito a quaisquer direitos que não estejam estipulados na Declaração. Ao contrário dos direitos inalienáveis, com os quais todo ser humano nasce e nenhum ser humano pode legitimamente negar, os direitos humanos são uma construção política.

A Declaração, em seguida, descreve nossos direitos à vida, liberdade, saúde, educação e várias liberdades. Quem poderia discordar desses nobres princípios?

A Declaração Universal dos Direitos Humanos emprega uma forma de propaganda chamada de card stacking (“empilhamento de cartas”, em uma tradução literal). Ao apresentar uma longa lista de objetivos humanitários justos, aos quais nenhuma pessoa razoável poderia se opor, esconde a insidiosa e inaceitável realidade. A menos que sejamos observadores, somos facilmente enganados pelo card stacking. O diabo está sempre nos detalhes.

O artigo 29º afirma:

No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Direitos humanos não são direitos de forma alguma. Eles podem ser negados por qualquer lei (legislação) promulgada por qualquer governo (político). Como acabamos de experimentar com a Lei do Coronavírus (Coronavirus Act) no Reino Unido, os direitos humanos são dispensáveis para a proteção da ordem pública e do bem-estar geral. De acordo com a Declaração da ONU, eles podem ser e são ignorados sempre que o governo achar conveniente. Não passam de palavras vazias escritas em pedaços de papel.

Uma sociedade baseada nos direitos humanos não tem direitos. Aqueles que pensam que os direitos humanos são dispensáveis em situações de emergência estão certos. Eles são dispensáveis a qualquer momento.

O que eles não entendem é que direitos inalienáveis nunca podem ser extintos. Ao longo deste livro, o tema consistente e tácito é o desrespeito aos nossos direitos inalienáveis. Não apenas entre aqueles que intencionalmente os ignoram, mas também entre uma população que parece ter esquecido o que eles são e porque, sem eles, não temos nada.

Direitos inalienáveis não são permissões concedidas a nós pelo governo. São conceitos universais de justiça natural inerentes à Lei Natural ou à Lei de Deus. Eles existem na natureza, não em pedaços de papel. São imutáveis e inalienáveis e podem ser percebidos por todos os seres emocionais, incluindo os seres humanos.

Ninguém precisa de uma lei escrita que lhe diga que é errado ferir uma criança indefesa ou cometer outros atos de violência. Não precisamos que nos digam que é errado pegar algo que não é nosso sem a permissão do dono. Sentimos que é errado, experimentamos nossa má ação como culpa. Os direitos inalienáveis são emocionalmente ressonantes e, assim que somos capazes de experimentar emoções, podemos senti-los.

Nascemos capazes de sentir emoções. Nascemos com a capacidade de entender a diferença entre o certo e o errado. Nascemos com direitos inalienáveis. Os poucos de nós que são incapazes de fazer a distinção sofrem transtornos de personalidade.

Sociopatas e psicopatas são incapazes de distinguir entre certo e errado porque carecem de respostas emocionais humanas naturais. Seus egos os convencem de que são especiais e, portanto, não sentem a necessidade de respeitar os direitos dos outros. Para eles, só tem valor aquilo que serve ao seu propósito. Direitos inalienáveis são incompreensíveis para os psicopatas e os sociopatas.

Quando essas pessoas conspiram, seu único objetivo é servir a seus próprios interesses coletivos e negar ao resto de nós os nossos direitos. Ao longo da nossa história, gerações desses violadores de direitos causaram caos e miséria humana incalculáveis em busca de suas ambições. Eles são e sempre foram a ameaça mais perigosa que já enfrentamos. Suas ações são consistentemente erradas e, como seres humanos soberanos com direitos inalienáveis, é nosso dever desarmar qualquer influência indevida que possam exercer sobre qualquer pessoa.

O resto de nós inatamente possui empatia, remorso e compaixão. Tentamos evitar comportamentos antissociais, com os quais poderíamos causar danos ou perdas a outras pessoas, porque sabemos instintivamente que não temos o direito de ferir outras pessoas. Se agirmos em sã consciência e respeitando os nossos direitos e os direitos dos outros, tudo o que fizermos é certo e temos o direito de fazê-lo.

Os direitos inalienáveis são definidos unicamente pelo que é certo e pelo que é errado. Qualquer coisa que façamos que não cause dano ou perda a outro ser humano (incluindo a negação de seus direitos) é certo e é nosso direito. Somos livres para exercer nossos direitos a todo momento e a liberdade é definida como a liberdade irrestrita de exercer nossos direitos.

Não definimos o que é certo ou o que é errado. Não decidimos sentir culpa ou vergonha, nem podemos nos sentir certos de que nossa própria ação seja honrosa se essa certeza não for sentida genuinamente.

Direitos não são nossa propriedade. Nós não os possuímos assim como não possuímos o espaço físico que habitamos. Ocupamos nosso lugar no espaço e no tempo e ocupamos nossos direitos individuais. Enquanto vivemos, somos os legítimos guardiões dos nossos direitos, mas ninguém pode nos permitir ocupá-los e eles não podem ser tirados de nós. São nossos direitos inalienáveis.

Enquanto existimos, é impossível para nós abrir mão de nossos direitos, assim como é impossível para nós abrir mão do nosso lugar no espaço e no tempo. Nossos direitos nos encapsulam, mas nós não os possuímos. Quando morremos, deixamos de ocupar um lugar físico no espaço e no tempo, mas ambos continuam existindo em nossa ausência, assim como os direitos inalienáveis.

Deixar de defender nossos direitos contra aqueles que procuram nos impedir de exercê-los contraria a Lei Natural e é, portanto, errado. Todos sabemos disso: naturalmente reagimos defensivamente quando sentimos que alguém está tentando negar nossa liberdade de exercer nossos direitos inalienáveis.

Psicopatas e sociopatas aprenderam essa verdade pela experiência. Eles passaram a dar grande valor ao engano como a melhor maneira de nos coagir a aceitar que eles têm o direito de ignorar nossos direitos inalienáveis. Ao não exercer nem defender nossos direitos inalienáveis, nós permitimos que eles façam o que quiserem.

Essa revogação de nossos direitos sempre causa danos porque psicopatas e sociopatas sempre prejudicam ou causam perdas aos outros. Ficar de braços cruzados e não fazer nada, com a certeza de que danos ou perdas estão sendo infligidos a outros, é negligente. Permitir passivamente que danos ou perdas sejam infligidos a nós mesmos é igualmente negligente. A negligência é errada e não temos o direito de ser negligentes.

É sempre errado iniciar o uso da força, mas pode ser que tenhamos que usar um mínimo de força para defender nossos direitos contra aqueles que cometem o erro de tentar nos negar nossos direitos. Podemos talvez machucá-los nessa defesa, mas não iniciamos o uso da força mínima, e é nosso dever como seres humanos defender nossos direitos.

Qualquer coisa que, seja por intenção, seja por negligência, começa a causar dano ou perda a outro ser humano é errada. Não é um direito que qualquer ser humano possa exercer. Os direitos inalienáveis são universais e inegavelmente ocupados em igual medida por todos os seres humanos. Todos aqueles que causam danos estão errados e devemos defender nossos direitos individuais porque são direitos de todos em igual medida.

A única justiça é a justiça natural. É a restauração do certo quando um erro é cometido. A justiça natural é uma expressão da Lei Natural (Lei de Deus) que é o equilíbrio universal entre o caos e a ordem. A Lei Natural é implacável, não se importa com o que pensamos ou imaginamos ser verdade. É o equilíbrio, é a verdade e é absoluta.

Aqueles que não respeitam direitos inalienáveis devem ser levados à justiça natural. Todos nós compartilhamos a responsabilidade de defender a liberdade de todos em igual medida. Todos os meios pacíficos devem ser esgotados na busca da justiça. O uso mínimo da força é apenas um direito de autodefesa, mas um ataque aos direitos inalienáveis de um ser humano é um ataque a todos os direitos inalienáveis de todos os seres humanos em igual medida.

Até agora, apesar de todos os grupos comunitários com os quais comumente nos identificamos, como inglês, democrata, negro, LGBTQ+, verde ou conservador, a comunidade com a qual universalmente temos falhado em nos identificar é o ser humano. Em vez disso, fomos convencidos a nos dividir em subdivisões sociais cada vez menores em busca da individualidade que cada vez mais nos escapa e aparentemente só pode ser expressa em termos do grupo ao qual acreditamos pertencer.

É como se identificar-se como um ser humano, a criatura mais inteligente, criativa e engenhosa que já andou na Terra, de alguma forma não fosse bom o bastante.

Ou talvez seja porque fazer isso nos forçaria a confrontar nossa existência. Em vez de expressar nossa verdade individual, como muitos parecem querer fazer, precisaríamos aceitar que só há uma verdade permanente e que não é relativa a nós. Nós somos uma parte dela.

Seríamos uma entre 7,8 bilhões de outras almas que não são “as outras”, mas sim família. Independentemente de nossa nacionalidade, gênero, etnia, idade, orientação sexual, deficiência ou qual grupo apoiamos, seríamos parte do todo, e se um de nós sofresse, todos sofreríamos.

Em vez de definir nossa individualidade por meio da nossa afiliação a um sistema de crenças ou a uma construção social, teríamos que fazê-lo por meio dos nossos próprios pensamentos e ações independentes. Seríamos inteiramente responsáveis por nós mesmos e, como seres humanos, compartilharíamos igual medida de responsabilidade uns pelos outros e pela conduta de toda a humanidade. Não teríamos ninguém para culpar por nossas travessuras além de nós mesmos e todas as conquistas seriam nossas.

Fomos enganados a imaginar que temos direitos humanos e, ao fazê-lo, negligenciamos nosso dever de defender os direitos inalienáveis da humanidade. Nosso comportamento irresponsável, apatia e credulidade nos levaram, com certeza, à beira de uma ditadura global.

Se esse plano malévolo terá sucesso ou fracasso, depende de nós. Se você procura um líder para assumir a responsabilidade e se levantar contra essa tirania, então se olhe no espelho.

Muitos discordarão fortemente das conclusões deste livro. E é assim que deve ser. Não há nada de errado com o debate, o que deveria nos preocupar é o silenciamento do debate. Evidências são citadas ao longo do livro Pseudopandemia. Foi necessário fornecer links para citações arquivadas porque muitos dos artigos e estudos científicos, reportagens e artigos de opinião qualificada já foram censurados.

Não afirmo que “Pseudopandemia” seja a verdade, apenas que tentei apresentar a verdade com o melhor do meu conhecimento e compreensão. Você tem as evidências diante de você. Por favor, explore-as, procure por mais e forme suas próprias conclusões. A liberdade é seu direito inalienável, faça com ela o que quiser.

Nossa cultura é baseada na ideia de que a verdade na fala tem um significado divino. É a premissa fundamental da nossa cultura. Se você acredita nisso, então você age e assume as consequências. Você vai assumir as consequências de um jeito ou de outro. Então, você quer a verdade do seu lado, ou quer se esconder atrás de falsidades?

(Jordan Peterson3)


Continue para o Capítulo 1. Ou acesse o índice do livro.

Autor: Iain Davis

Iain Davis é um jornalista, autor, blogueiro e criador de vídeos que contribui frequentemente para organizações de mídia como 21st Century Wire, UKColumn, OffGuardian e outros sites de notícias.

Você pode ler mais do seu trabalho e se inscrever em sua newsletter em seu blog In This Together.

Tradutor: Daniel Peterson

Esse texto é uma tradução de parte do livro Pseudopandemic: New Normal Technocracy, originalmente escrito por Iain Davis e publicado em junho de 2021.

O livro, em inglês, publicado sob a licença CC BY 4.0, pode ser baixado gratuitamente por quem se inscrever para receber a newsletter do In This Together, ou comprado diretamente do autor, ou ainda pela Amazon.


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